O século XXI requer cidadãos críticos e autônomos e exige que a formação escolar vá além do intelectual. Assim, O papel da educação é preparar o aluno nas mais diferentes áreas.
É nesse ambiente que a pessoa começa a socializar com outras e desenvolver habilidades fundamentais para a vida. A escola pode não ser a única responsável por formar um cidadão, mas deve oferecer o devido suporte para que ele se torne ético e exerça a cidadania.
A criança de hoje será o adulto de amanhã. Por isso, ela precisa estar ciente dos seus direitos e deveres. Assim o papel da escola é formar cidadãos conscientes, que entendem o funcionamento da sociedade em que vivem e buscam formas de melhorá-la.
A escola ensina o aluno à importância das regras e leis para a convivência no meio social, e qual a importância de respeitar os direitos do outro. Além disso, precisa oferecer instrumentos para que eles possam cobrar os próprios direitos e ajudar a construir uma sociedade mais justa.
No Ensino Médio, o papel da escola em formar cidadãos com consciência política é ainda mais importante. Isso porque a maioria desses alunos estão aptos a votar e contribuir com a construção do futuro.
As redes sociais cada vez mais presentes incentivam o debate de ideias, já que é possível expressar opiniões para milhares de pessoas com apenas alguns cliques. Com isso, também é papel da escola estimular o pensamento crítico dos alunos para que eles saibam tirar as próprias conclusões de informações encontradas online de forma independente.
Isso contribui ainda para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais importantes para o convívio dentro e fora da escola, além de formar cidadãos, éticos e que participam ativamente para o bem estar social. Inclusive, a educação midiática é apontada como uma solução para desenvolver o pensamento criativo em um mundo cada vez mais digital. Muuito embora entendamos que nada substitui o arcabouço institucional que tem nos livros didaticoa sua maior ferramenta, não podemos esquecer que cada vez mais nos digitalizamos e esse suporte na educação deve ser levado a sério, pois é de grande relevância.
Vivemos em um mundo plural, com pessoas de diferentes raças, culturas e habilidades cognitivas. Cada um é único e o papel da escola é apresentar a importância dessas diferenças, sejam elas quais forem. Isso deve ser feito desde o início da vida escolar.
Incentivar o respeito em sala de aula é um ótimo caminho de combate ao bullying, uma questão muito presente nas escolas que tem, por sua vez, que avaliar a personalidade individual de cada um e diagnosticar transtornos que colocam esse ou aquele aluno em situação diferenciada o que leva a ser alvo dos colegas. As maiorias dessas vítimas sofrem agressões o que pode prejudicar sua formação. Além do mais, a escola precisa ser um ambiente inclusivo, que ofereça educação de qualidade para alunos com diferentes necessidades de aprendizagem.
A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ressalta que “a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades”.
Isso significa que também é papel da escola estimular as competências socioemocionais. A própria BNCC estabelece um conjunto de habilidades sociais e emocionais que devem ser desenvolvidas desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, tais como autogestão e tomada de decisão responsável.
Assim a escola contribui para a formação integral do aluno nas mais diferentes áreas formativas: social, acadêmica e profissional, ajudando-o a encarar os desafios da vida.
As habilidades socioemocionais são importantes para formar adultos responsáveis e empáticos, que respeitam o próximo e sabem gerenciar as emoções.
Formar cidadãos autônomos também é papel da escola, sobretudo nas turmas do Ensino Médio. Afinal, o aluno precisa aprender desde cedo sobre responsabilidade, para assim pensar com clareza sobre as decisões tomadas ao longo da vida e no peso de cada uma delas.
Para desenvolver a empatia e o respeito às diversidades, a escola pode realizar ações de voluntariado com os alunos, como arrecadação de brinquedos e livros para serem doados para uma instituição, ou montagem de uma horta comunitária. Ademais, para fortalecer o vínculo entre escola e família, os familiares podem participar dessas ações.
Apesar do Brasil ser um país multicultural, é possível que os alunos permaneçam em uma bolha e não conheçam as diversidades que fazem parte do nosso País. Por isso, é papel da escola atuar para romper barreiras socioculturais.
Por exemplo, a turma pode ser dividida em grupos, onde cada um será responsável por apresentar os costumes e tradições de um povo, seja de dentro ou fora do País.
Um grêmio estudantil é responsável pelos interesses da turma. Devidamente orientado, esses representantes precisam ser escolhidos por meio de votação, essa é uma ótima forma de estimular o lado cidadão dos estudantes.
Ao mesmo tempo, o estudante pode entender qual é o seu dever como aluno e qual o papel da escola, esse já é um caminho para elaborar um currículo pedagógico que contribua para a formação de cidadãos mais bem preparados para os desafios da vida e de qual pode ser a sua contribuição na formação de uma nação com a nossa que ainda tem grandes desafios pela frente.