Terra, a pátria dos homens
Do mundo que recebemos para o que dele fizemos
“Não vos conformeis com o presente século, transformai-vos pela renovação da vossa mente”(Rm. 12.2)
Ao tomarmos a Bíblia como referência para revisar o conhecimento do mundo que temos, vamos encontrar que o mundo já foi muito bom. Como e qual era o mundo bom? Segundo o livro de Genesis é o mundo físico que foi criado para embelezar o que antes era sem forma e vazio. Foi criado e desenvolvido para servir de Casa, um ambiente de moradia que garantisse as condições suficientes ao longo da experiência de vida na terra.
Daí a expressão, “Terra, a pátria dos homens”, muita usada na Democracia Cristã pelo Deputado José Maria Eymael para combater todo tipo de exclusão que sofre o ser humano ao ser banido da sua Pátria, sobrevivendo sem casa e sem as condições de vida plena dentro da sua própria terra.
Esse é o mundo que ao longo dos séculos precisa ser transformado. O mundo desfigurado, destituído das suas condições primárias que trazia em si todas as possibilidades para a maior de todas as experiências, a boa, plena e abundante vida humana.
Cabe a pergunta: quem mexeu nesse queijo tão bom? Estamos diante de uma busca necessária. É possível pontuar na história quando tudo isso começou? É um exercício árduo, longo, mas acredito que seja necessário e possível. Vamos começar? Para se debruçar na descoberta de quando esse mundo deixou de ser tão bom assim, estabelece-se inicialmente o caminho de volta à mesma fonte: ao juntarmos os versos 5 a 10 de Genesis 3, veremos que cabe uma observação primária que pode ajudar nessa tarefa. Analisemos a causa, “olhos abertos = entendimento” e a decisão do sujeito livre, que teve os olhos abertos, lá denominado de Adão, foi: “tive medo e me escondi”.
Pois bem, se a ação resultante do teu entendimento te traz medo e vergonha há algo que não está correto aos teus próprios olhos. O ideal é procurar um outro entendimento que oriente sua consciência a mover-se para seu próprio bem uma vez que o bem que queres é o mesmo que deves fazer ao outro. Esse equilíbrio transforma os homens do mundo.
Pode ter sido essa conclusão que o filósofo e apóstolo Paulo chegou ao afirmar que as transformações são necessárias e que precisam começar pela intelectualidade humana para refazer as condições de ver e viver no mundo, restituindo sua moldura como fora narrada no Salmos 19. 1- 3.
Mantendo a fé e a consciência, evitamos naufrágios.
Fraterno abraço
Pr. Lindberg Morais